O discurso do criminoso procurado pela justiça internacional, Benjamin Netanyahu, enquanto a esmagadora maioria dos representantes na ONU abandonavam o Salão da Assembleia Geral, deu rapidamente lugar a mais bombas e explosões.
É a imagem de Beirute novamente a arder, quase um ano depois da invasão de Gaza, levada a cabo pelo exército de Israel, depois do ataque do Hamas a 7 de Outubro de 2023.
É esta a realidade dantesca, depois das mentiras que permitiram dizimar civis no Iraque e exterminar os palestinianos.
As doutrinas e as práticas dos eleitos e dos ditadores confundem-se, os mesmos métodos, o mesmo pavor da liberdade de expressão e de manifestação.
A tentação de Vladimir Putin na Ucrânia e o sonho de Xi Jinping para Taiwan são apenas o reflexo da política ocidental vergada ao arbítrio e à corrupção.
O genocídio já é tolerado, como se não houvesse memória de Auschwitz-Birkenau, Belzec, Dachau, entre tantos outros campos da morte.
É mais uma solução final, como se a força e a brutalidade das armas limpassem o lodaçal em que a civilização voltou a mergulhar.
Enquanto as redes sociais mostram ainda mais do que os Media podem e ainda querem revelar, também por cá impera outra táctica de terra queimada.
Pedro Nuno Santos avança para o próximo orçamento com mais uma tropelia, mordendo o isco, convicto que só o Chega mais forte lhe assegurará o poder.
Por sua vez, Luís Montenegro e Marcelo Rebelo de Sousa, com processos em curso que lhes dizem directamente respeito, escolhem o novo PGR, Amadeu Guerra, com prazo de validade de 3 meses, sem dar o mais ténue sinal de desconforto.
Por último, as grávidas vão passar a ter de tocar à campainha nas urgências hospitalares.
É a evidência de que vale-tudo – guerras, massacres de civis, ataques aos direitos individuais e subversão das mais elementares regras.